A caminho da final

A Caminho da Final
Não há muito a dizer em relação à meia-final que opôs a Académica e Lousã. Os "pretos" entraram motivados e concentrados na realização do seu objectivo. Os primeiros minutos de jogo foram passados na 22 da Lousã com a Académica a tentar utilizar as linhas atrasadas para abrir buracos na defesa lousanense. A organização ofensiva da Académica era excelente, a 3a linha esteve em alta, e foi mesmo António Salgueiro que abriu o resultado, aparecendo num lugar um pouco estranho para um número 8 e, apanhando desprevenido o adversário. Muito mérito dos médios, João Boni e José Almeida, que tiveram a visão e técnica para realizar jogadas de qualidade como a que deu o primeiro ensaio.
Os "pretos" não iriam abrandar o ritmo e colocaram novamente o jogo no campo adversário. A excelente pressão defensiva da Académica iria provocar o desentendimento da Lousã, e o ensaio de Tomás Pinto era fruto de muita pressão e pouco entendimento.
A primeira parte iria acabar da mesma maneira que começou. O 5 da frente a trabalhar incansavelmente, a 3a linha muito móvel, médios inteligentes e organizadores de jogo, centros perfurantes e poderosos na defesa, e o três de trás rápido a sair para o contra-ataque e aparecer bem na tentativa de finalização de jogadas organizadas. Pouca sorte para as linhas atrasadas que não concluíram nenhum ensaio. Mérito para o pack que se mostra organizado, forte e disponível para jogar. Armando Albuquerque iria marcar e assim a Académica ia para o intervalo a vencer confortavelmente.
Na segunda parte tudo na mesma. A Lousã poucas oportunidades teve, tentou colocar o jogo no meio campo dos "pretos" através de pontapés mas sem efeito, pois a Académica era rápida a voltar ao campo adversário. Houve apenas um ensaio, novamente de António Salgueiro, que volta a aparecer na ponta para espanto do adversário. Uma segunda parte com pouca história. A Académica dominou na formação ordenada, teve alguns problemas na circulação de bola e no alinhamento mas mostrou-se implacável na pressão defensiva. Foi notório a boa forma física em que os atletas se encontram, incansáveis durante todo o jogo, mostrando vontade de marcar, tomando a iniciativa. De realçar também o trabalho dos pontapeadores, tanto João Boni (2+2) como José Almeida (2+3) se mostraram perfeitos na arte de bem chutar.
A Académica vence por 29-0 mas fica a impressão que poderia ter feito melhor. O resultado não espelha o que se passou dentro de campo, mas temos de dar mérito ao adversário por isso.
Felicito todos os atletas pela vitória obtida e pela qualificação para a final da taça de Portugal, e acredito que com trabalho, dedicação e muito suor seja possível sair vencedor.
Parabéns à equipa técnica que acompanha os jogadores e também aos dirigentes que nos têm apoiado. Dia 5 terão a oportunidade de agradecer a todos os que vos têm apoiado.

Texto de TRC