Liga Ibérica profissional é uma das possibilidades para a evolução da modalidade, mas não é a mais forte e ainda se esperam propostas concretas de ambas as federações.
A presença da selecção portuguesa de râguebi na sexta edição da Taça do Mundo, disputada em França nos meses de Setembro e Outubro passados, agitou muito mais a modalidade na Península Ibérica do que idêntico feito por parte dos espanhóis há oito anos.
Tentando aproveitar a boa ocasião, a Asociación de Clubes de Rugby (ACR), de Espanha, propôs uma liga ibérica e que assenta no novo formato da Taça Ibérica (dois primeiros classificados de Portugal e Espanha).
Ainda sem um formato definido e sem quaisquer contactos com os responsáveis lusos, os espanhóis idealizaram um formato que poderia crescer para Leste - Roménia e Geórgia -, mas onde o número de equipas espanholas seria maior.
Contudo, numa altura em que a International Rugby Board (IRB) está muito mais empenhada no desenvolvimento da modalidade, este modelo defendido pelos espanhóis poderá não ser o escolhido.
No país vizinho a modalidade vive na espectativa da entrada do Real Madrid e do Barcelona no râguebi, o que poderia agitar a modalidade. Mas, enquanto isso, a IRB aponta para um mercado muito mais alargado e no qual os "castelhanos" pesam muito menos do que pretendem.
A curto prazo, poderá ganhar forma uma competição entre clubes com emblemas de Portugal, Espanha, Bélgica e Alemanha e que poderá vir a acolher "quinzes" do campeonato secundário francês. Contudo, a entidade que tutela a modalidade prefere cidades envolvidas no processo ou selecções regionais.
Outra possibilidade, já para 2009, é a de o campeão nacional disputar o Challenge Cup, competição europeia que envolve clubes do segundo patamar e onde já pontuam os romenos do Bucareste, principal fornecedor da selecção do país.
Uma hipótese bem recebida
Para o presidente da Federação Portuguesa de Rugby (FPR), uma liga ibérica profissional é uma possibilidade, mas em igualdade de equipas "não vejo qualquer motivo para que sejam mais clubes espanhóis e ainda menos para que a competição venha a acolher equipas de Leste, que não aportam muito em termos desportivos e financeiramente seria um desastre".
O líder da FPR prefere o alargamento à Alemanha e Bélgica e já trabalha no projecto de o próximo campeão português ir à Challenge Cup. Uma Taça Ibérica para a 2.ª divisão está na calha.
